Um monte de caracteres. Pra dar preguiça de ler.

quarta-feira, 5 de setembro de 2007

Roque!

Apesar de se referir a um gênero musical, a palavra "rock" define movimentos musicais que nem sempre possuem os elementos musicais característicos do termo (compasso quaternário, formação voz-guitarra-baixo-bateria, sonoridade agressiva, temática relacionada ao cotidiano juvenil) ou a estrutura musical característica (versos, refrão, solos de guitarra).

Apesar de nomear um gênero musical, o termo "rock" se consolidou como adjetivo e tem sido cada vez mais difícil classificar uma música como rock apenas por suas características musicais. O "rock", como adjetivo, refere-se à música que contraria as tendências musicais que ganham maior destaque na mídia contemporânea. O rock sempre exerceu função de opositor ao pop. Portanto, rock é qualquer música que contraria as tendências do seu tempo. Com isso, faz-se necessário situar a música em um referencial determinado pela sonoridade, temática e visual do cenário musical popular vigente. O rock de um determinado período é aquela música que se opõe às tendências musicais do momento e atende ao público que não se identifica com a massa consumidora de música pop.

O rock, mais do que um estilo musical, é a música de oposição. Isso explica porque o rock sempre se renova e o "fazer rock" sempre se modifica, originando subgêneros. Quando o rock da oposição encontra aceitação das massas, um novo rock precisa emergir para se opor. Portanto, o termo "rock" determina, na verdade, uma postura perante o mercado musical.

segunda-feira, 3 de setembro de 2007

Dona da verdade

Pesquisei o meu nome na Wikipedia e fiquei revoltada ao constatar que não havia nenhuma citação sobre qualquer contribuição minha para algum evento histórico ou cultural de valor enciclopédico. "Não é possível que eu não tenha participado de nenhum processo significativo ao longo dos meus vinte e poucos anos de existência!" - a voz interna não parava de reclamar.

Resolvi, então, buscar pelos nomes das pessoas que mais me influenciaram ao longo da minha vida: aquele professor instigante, aquela tia distante, aquele amigo genial, aquela menina que desenhava na escola...

NENHUM RESULTADO ENCONTRADO.

Você pode criar uma página com este título.

Huuuum...

(...)

CLICK

(...)

Passei horas, dias, semanas, apenas me dedicando à transferência da minha cultura pessoal, do meu universo particular, à principal fonte de informações do momento. Agora, sim, está tudo lá! Agora, sim, as coisas que eu vi e vivi podem ser reconhecidas como reais pelo mundo! Agora, sim, eu sou alguém!

O único problema é que sempre tem alguém pra deletar a página que eu escrevo com tanto carinho. Mas a minha vontade de entrar para a História é maior do que a vontade deles de me apagar. E eu escrevo tudo de novo. Cada vez com mais capricho.

De fato, meu texto tem melhorado significativamente nos últimos tempos. É verdade que a "prática leva à perfeição" (Shelly M. - de acordo com a Wikipedia). Minhas habilidades retóricas se expandem a uma velocidade supreendente (graças aos meus artigos sobre o assunto linkados na Wiki). E foi assim que eu inventei uma nova arte: a wikiarte (Wikipedia, artigo: Wikiart).

A verdade é que eu utilizo recursos linguísticos para embelezar os meus artigos, assim como para convencer os revisores de que o meu texto é o mais puro reflexo da verdade. Com o tempo, alguns artigos têm ganhado credibilidade. A cada dia que passa, sobra mais tempo da maratona de republicação de artigos deletados e eu aproveito para escrever novos artigos sobre a minha cultura pessoal. O ciclo recomeça e eu insisto em reescrever os mesmos artigos até que eles se tornem a mais pura verdade. O tempo vai passar, as gerações vão avançar, e a minha verdade será a mais transparente verdade. Todos vão saber. Até você.

PS: Beijos aos meus funcionários da Shellypedia Truths.