Um monte de caracteres. Pra dar preguiça de ler.

quinta-feira, 26 de abril de 2007

Capitalismo elitista de mierda!

Balas perdidas, mortos, feridos, violência, assaltos, blá, blá, blá... E ninguém faz nada! Tudo bem. A maioria não tem mesmo como mudar alguma coisa. Mas é incrível como tudo isso alimenta síndromes do pânico por aí! A mídia adora explorar o assunto. A polícia é mais vilã do que solução. E o governo nunca sabe como agir.

Tem todo um fluxo de dinheiro nisso. E dinheiro move tudo! O povo adora consumir desgraça, o governo só trabalha nos anos de eleição e a polícia é aquela coisa... É tudo tão conveniente! Legalizar a venda de drogas acabaria com todo esse problema de tráfico. Mas quem tá preocupado em expandir o mercado legal? Quem tá preocupado em dar emprego digno pro povo?

Mas pode ter certeza que essa galera poderosa aí tá bastante preocupada em encher seus bolsos (pra não usar uma palavra menos educada) de dinheiro. E a audiência dos noticiários vai muito bem. Afinal, ninguém mais tem coragem de sair de casa mesmo! O povo inteiro dentro de casa é garantia de audiência pras emissoras de TV. O culto ao medo vende jornal. A polícia vai melhorando sua renda com diversas atividades nem tão corretas assim. E o governo? Esses aí só vão se manifestar em ano de eleição, quando os índices de violência certamente cairão. Aí todo mundo fica feliz. Ou pelo menos quem importa: políticos, grandes empresários, traficantes e policiais.

O dinheiro tá circulando lá na elite. O capitalismo elitista vai muito bem. Enquanto isso, o povo tá preso em casa, consumindo todo tipo de molde cultural que eles resolvem impor, sustentando as empresas de ônibus, as imobiliárias e os supermercados. E só. Como é que esse país vai evoluir com um povo que precisa gastar toda a sua renda pra garantir um lugar pra morar, comida e transporte? Essas coisas são o mínimo que qualquer ser humano merece. Tem tanta gente honesta sem teto e sem comida... E tanta gente que não respeita ninguém sendo sustentada pelo governo...

Enquanto a elite não for constituída por seres humanos (substantivo seres + adjetivo humanos), estamos fritos.

sábado, 14 de abril de 2007

Babe,

Conheci alguém. Não sei como te contar isso, mas não dá pra continuar assim. Eu sei que você vai querer uma explicação, mas ela realmente não existe. A verdade é que eu não sei o que estou fazendo e não tenho motivos. Só deu vontade de fazer assim. Foi intuição, sei lá.

Mas eu sei que você já tinha percebido que as coisas não funcionavam entre a gente. Nunca funcionou. Acho que fechamos os nossos olhos e tentamos acreditar que tudo ao nosso redor era como gostaríamos, mas a realidade não é bem assim.

E já vou adiantando que você não fez nada de errado. Eu estava tão conformada com a nossa situação, que até saí pra comprar um presente pra você. Foi assim que eu conheci esse alguém. E nem adianta achar que se você fosse menos merecedor desse presente, as coisas teriam sido diferentes. Eu teria conhecido alguém da mesma forma.

Confesso que não cheguei a refletir sobre o assunto. Mas esse meu impulso foi forte o bastante para me convencer, e não tenho medo de me arrepender. Quero muito que você siga a tua vida, encontre alguém e me convide pro teu casamento. Quero muito poder constatar que foi melhor assim, ao menos pra você.

Não se sinta traído. Só falei que conheci alguém. Não houve uma traição. Apenas percebi que não temos mais porque seguir dividindo as nossas vidas. Nem sei ao certo se vai rolar alguma coisa com o "alguém", nem se vai valer a pena. Mas não me espere. Não vou voltar. E mesmo que eu me arrependa, não vou querer tentar de novo. Tinha que ser assim. Minha intuição diz isso.

Tente respeitar a minha decisão e não caia no erro de se sentir agredido com a rejeição. Não me ame mais por causa disso, porque não é rejeição que constrói amor. Se você deixar esta situação alimentar algo em você, será apenas sentimentos negativos. E só vai te fazer mal. Acredite: estou te contando sobre isso exatamente porque me importo com você. Se eu quisesse o teu mal, agiria de outra maneira.

Sei que daqui a pouco você vai ler isso... Tenta não deixar as lágrimas caírem no teclado. Tenta não deixar a frustração atrapalhar o teu sono. Tenta acordar amanhã bem cedo pra caminhar na praia. Tenta não afogar as mágoas no álcool, nem em bucetas. Tenta encarar esse fim como um novo começo. Uma nova história se inicia agora. E o agora é sempre melhor do que o passado. Afinal, os sentidos só são capazes de sentir o agora.

Não vou me prolongar mais. Daqui a 5 anos, você nem vai lembrar desta situação. Fecha essa janela, toma um copo d'água, um banho bem demorado... Blonde Redhead na hora de chorar. The Hives pra aliviar. Providencie chocolates pra essa primeira semana. Leia mais.

Beijo.

domingo, 8 de abril de 2007

About me

Nasci na privada de casa. Meu corpo foi tomado pelos espíritos dumal e, aos 3 anos de idade, eu já era capaz de me comunicar em 8 idiomas, incluindo uma língua morta e uma extraterrestre. Minha babá, de 14 anos de idade, me alimentava com palitos de fósforo, o que me gerou a fantástica habilidade de cuspir fogo. Foi assim que me tornei incendiária. Minha mãe perdeu a minha guarda e eu fui entregue a uma mendiga, que me passou pra uma velha gagá, que chutou pra minha avó e fez um gooooool! Esse evento causou um impacto enorme na cultura nacional e foi responsável pela popularização de diversas gírias do futebol, como "deu zebra", por exemplo. A cirurgia de transferência do fluxo do fogo é cara demais e não foi possível porque o Silvio Santos queria que eu incendiasse a fábrica dos biscoitos Globo em troca. Isso explica o meu total fracasso na vida amorosa. Frustrada, decidi dedicar a minha vida a uma causa nobre e passei a viajar pelo mundo levando minha mensagem de amor dumal aos portadores da carência do que fazer. Depois, fui convidada por Simon Fuller a integrar o grupo cover oficial brasileiro das Spice Girls, no qual eu representava simultaneamente a Emma e a Mel C, desafiando as habilidades da maquiadora, Dawn Allen (a filha do Flash). Minha carreira de pimenta foi interrompida quando um grupo de homens de sobretudo preto me sequestrou para usar o meu corpo como oferenda num ritual satânico num cemitério de Palmas (foi quando as outras meninas montaram um trio, chamado Powerblablabla Girls). E foi lá no Tocantins que o demo Meneghel saiu pela minha boca, em meio de muita pirotecnia, cantando "bom dia, amiguinhos, já estou aqui" (num musical semelhante ao aparecimento do gênio do Aladdin da Disney), e me perguntou se eu era virgem. Respondi que sou leão, com ascendente em leão, lua em leão e vênus em leão. Depois de ver todo o meu mapa astral e verificar que não havia nada de virgem, Meneghel decidiu recompensar um favor antigo e me propôs um pacto (afinal, eu não servia como oferenda mesmo). Foi aí que eu mudei de nome. Pacto assinado com o novo nome, pude enfim pedir o que eu quisesse e, tomada pelo ódio causado pelas lembranças da porta da esperança vazia, decidi me vingar do Silvio Santos e pedi o Roque. E assim se fez.